+ Carvão vegetal

O carvão vegetal e o coque têm a mesma função no processo siderúrgico. Ambos são usados para reduzir o óxido de ferro (minério de ferro) para produzir ferro-gusa. Além disso, eles são também a fonte de energia na cadeia produtiva do ferro-gusa e participam da estruturação da carga dentro do alto-forno.

O coque resulta da destilação do carvão mineral extraído de jazidas fósseis. No Brasil, as jazidas estão concentradas no sul, mas, além de quantidades reduzidas, o carvão é de baixa qualidade. Portanto, o coque metalúrgico usado no Brasil tem que ser importado e isso significa dependência externa para manter a indústria siderúrgica em operação.  O coque não é renovável e apresenta alta emissão de poluentes que produzem contaminação do meio-ambiente.

Por outro lado, as condições naturais de clima e solo no Brasil são extremamente favoráveis ao desenvolvimento de plantações florestais com espécies de rápido crescimento. A sinergia entre as condições naturais e uma avançada tecnologia florestal coloca o país numa posição competitiva em produtos florestais.

Comparação do Carvão Vegetal  X Coque

Carvão vegetal:

  • Recurso renovável;
  • Baixo teor de cinza;
  • Não contém enxofre;
  • Geração de empregos no campo;
  • Independência estratégica e tecnológica;
  • Balanço positive no seqüestro de carbono.

Coque

  • Energia fóssil;
  • Jazidas escassas e de má qualidade no Brasil (depende de importação).
  • Alta emissão de CO2 e consumo de O2  no processo industrial.

Vantagens competitivas do carvão vegetal.

O carvão vegetal é um derivado da carbonização da madeira que pode ser originária de florestas nativas ou de florestas plantadas. Desde que sejam corretamente manejadas, as florestas constituem uma fonte de energia renovável e permanente.

O ferro-gusa produzido com carvão vegetal é de melhor qualidade, e, além disso, a quantidade de CO2 capturado pelas florestas em crescimento é maior do que aquela liberada durante a carbonização e no processo industrial.